Sem dúvidas, esse filme é um chamado da alma. Não tem uma vez que ele não me toque profundamente. Mas hoje, ao escrever este artigo, ele me tocou de uma forma íntima e surpreendente.
Logo após minha meditação matinal, fiz algumas perguntas ao universo. Havia outras coisas que eu poderia considerar mais importantes para o dia, outras prioridades, outros temas para escrever. Mas uma intuição forte me guiou até esse filme. Revi alguns trechos e, como mágica, ou melhor, como resposta , eles trouxeram exatamente aquilo que eu precisava ouvir.
Então, que esse artigo também possa te tocar de alguma forma. Que ele seja um espelho para você se ver, se lembrar, se reencontrar com o amor que habita dentro de você. E se puder, assista a esse filme com o coração aberto. Ele é mais do que um roteiro, é um convite à transformação.
A história de quem caiu… e caiu de novo… e mesmo assim levantou
O protagonista de Conversando com Deus, Neale Donald Walsch, passou por um processo que talvez pareça familiar para muitos de nós: ele perdeu tudo. Carreira, casa, família, dignidade. Viveu nas ruas, mergulhado em dor, mágoa e ressentimento. Chegou ao fundo do poço… e ainda assim cavou mais fundo.
Depois de muito sofrimento, conseguiu se reerguer. Mas não durou. Ele voltou novamente à estaca zero. E nessa segunda queda, o desespero deu lugar à raiva, à incredulidade, à sensação de injustiça.
Quantos de nós já estivemos nesse ciclo de altos e baixos? Quantos já gritaram para o céu em um momento de angústia: “Por quê?!”
E foi nesse momento que Deus falou com ele.
“Até quando?” – Deus pergunta
No auge de sua revolta, Neale começa a escrever cartas para Deus, sem saber que, na verdade, estava iniciando um dos maiores diálogos da sua vida.
Deus pergunta:
“Até quando você vai continuar tentando se destruir?”
“Já não teve o suficiente?”
“Está pronto agora?”
“Você quer mesmo saber as respostas ou está apenas desabafando?”
Quantas vezes nos colocamos nesse lugar de vítimas da vida, perguntando, clamando, mas sem estarmos realmente abertos para ouvir a resposta? A verdade é que Deus nos fala o tempo todo, como Ele mesmo diz:
“Eu falo com todo mundo, o tempo todo. A questão é: quem está ouvindo?”
A chave que faltava: gratidão e responsabilidade
Há um trecho profundo da Bíblia que diz:
“A quem tem, mais será dado; a quem não tem, até o que tem lhe será tirado.”
(Mateus 13:12)
Por muito tempo, esse versículo soou duro e até injusto. Mas sob a perspectiva do filme e da gratidão ele ganha um novo sentido. Aquele que reconhece o que tem, que é grato, que vibra na abundância, naturalmente atrai mais. Já aquele que vive focado na falta, preso ao ressentimento e à ingratidão, bloqueia o fluxo da vida e acaba perdendo até o pouco que tem.
Neale viveu isso. Em muitos momentos, não conseguia ser grato. E sua vida desabava ainda mais. Até que compreendeu: somos cocriadores da nossa realidade. Criamos um Deus julgador, punitivo, cruel… mas essa é uma construção nossa, não Dele.
Deus diz:
“Vocês agem pelo medo. Eu os convido a agir pelo amor.”
E nos oferece uma pergunta simples e poderosa:
“Diante do medo, pergunte: o que o amor faria agora?”
Você está construindo quem você é, a todo momento
O diálogo continua. E nele, Deus traz mais uma revelação libertadora:
“Vocês estão, a todo momento, construindo e definindo quem são. Preocupação é uma atividade da mente que não compreende sua conexão com Deus.”
Essa frase, por si só, já é capaz de mudar uma vida.
Neale pergunta:
“O que você quer de mim?”
E Deus responde:
“Eu não quero nada de você. Eu quero que você seja feliz. Mas você pensa que está abaixo de mim… quando, na verdade, somos um só.”
Não há separação. Não há hierarquia. Não há um Deus externo querendo nos testar. O que existe é uma Fonte que deseja, para nós, o mesmo que desejamos para nós mesmos — nada mais, nada menos.
Viva, não apenas sobreviva
Deus finaliza com um chamado à autenticidade:
“Não se preocupe em ganhar a vida. Os mestres são aqueles que escolheram fazer a vida, e não apenas ganhá-la.”
“Faça o que você realmente gosta. Não perca tempo apenas tentando sobreviver. Isso não é viver, isso é morrer.”
E Neale ouve. Ele escolhe viver. Escolhe escrever, publicar seu livro que muda sua vida e a de milhões de pessoas ao redor do mundo.
Na cena final, ele encontra seu “eu” do passado. Um encontro que nos mostra que sempre há tempo de mudar. Que é possível renascer, mesmo depois de tantos tombos.
E você? Está ouvindo?
Este artigo não é apenas uma resenha. É um espelho. É um convite.
Você está ouvindo as respostas que o universo vem tentando te dar?
Está vivendo pelo medo ou pelo amor?
Está construindo quem realmente deseja ser ou apenas sobrevivendo?
Se algo nesse texto te tocou, permita-se assistir ao filme. Mas, mais do que isso: permita-se escutar a voz dentro de você. Aquela que sempre esteve ali, paciente, amorosa, esperando que você pergunte… e esteja pronto para ouvir.
Porque Deus fala. E Ele sempre responde. Basta querer escutar.